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A versatilidade da carapinha…

Olá Carapinha Lovers!

Hoje propomo-vos um exercício. O que significa para vocês Carapinha? E cabelo crespo? Cabelo afro? Cabelo africano? Cabelo étnico? E cabelo seco? Cabelo duro? Cabelo rijo? Cabelo mau? Cabelo ruim? Cabelo bedju? Cabelo difícil?

No decorrer da forma como fomos condicionados a pensar sobre cada uma destas expressões, que estará intimamente relacionada com as nossas próprias experiências pessoais com cada uma delas, a nosso ver, há duas questões que se colocam, sendo a primeira:

  • Quando empregamos estas expressões para falar do nosso cabelo, o que é que estamos verdadeiramente a dizer?
    Não temos culpa daquilo que aprendemos, mas temos responsabilidade naquilo que escolhemos perpetuar. Na nossa opinião, esta reflexão exige que demos uso ao nosso sentido crítico. Os adjetivos são usados para descrever algo (sendo esse algo, neste caso, o nosso cabelo). Enquanto que pode haver adjetivos mais ambíguos e que gerem mais ou menos dúvida quanto ao valor que lhes está atribuído, há outros que não deixam dúvida quanto à sua caracterização negativa. É o caso de “mau”, “ruim”, “difícil” (entre outros) que nos deixam claro o seu teor pejorativo e a impressão contraproducente com que acabamos por ficar do nosso cabelo.

Será que é verdadeiramente assim? Eis alguns dos mitos que podem resultar destas simples associações de palavras e de outras semelhantes e que passamos a desconstruir:

Cabelo crespo é mau cabelo

Cabelo crespo é difícil

É com um misto de surpresa e satisfação que frequentemente constatamos que o nosso cabelo, que durante tanto tempo vimos com maus olhos, é na realidade o mais versátil dos cabelos. E é igualmente frequente que as pessoas à nossa volta manifestem o mesmo espanto. Para celebrar esse facto e retirar todas as dúvidas no que diz respeito à verdadeira versatilidade do nosso cabelo fizemos o seguinte vídeo.

A Versatilidade do cabelo crespo – explicado para idiotas

A segunda questão que se coloca é:

  • Qual é o termo mais correto?
    Na nossa opinião, palavras são só palavras. Independentemente da conotação que nós damos a termos como “carapinha” e “crespo”, independentemente da forma como nós aprendemos a interpretar estas palavras, podemos reaprender a dar-lhes um novo significado, mais de acordo com a realidade: o nosso cabelo é lindo, majestoso, versátil! Independentemente da forma como os outros possam tentar atingir-nos com estas palavras, elas só têm o poder que nós lhes dermos. E não seria maravilhoso receber uma palavra como elogio, mesmo que esta tenha sido pronunciada para nos mandar abaixo? Não será uma bela forma de nos empoderarmos?

Mentalizemo-nos cada vez mais que o nosso cabelo é sinónimo de versatilidade! Se nós amarmos verdadeiramente o nosso cabelo enquanto parte de nós, se tivermos orgulho nas nossas raízes (literalmente nas que nascem do nosso couro cabeludo), jamais iremos caracterizar o nosso cabelo como mau, ruim, difícil, duro, rijo, etc.

E desta forma nos despedimos: amem os vosso cabelos!

Carla e Telma.